
Primeiro, quem como eu não gosta de música sertaneja não vai se emocionar com as cantorias repetitivas. Depois, que a narrativa é pouco comovente e a história não respeita quem desconhece a vida pessoal dos cantores, o que acaba prejudicando a boa lógica do roteiro.
Por exemplo, há um momento lá pelo final do filme que mostra, de forma bastante superficial, o relacionamento do personagem do Luciano com uma moça, com a qual terá um filho. Esse trecho ficou totalmente solto na história, sem início e sem fim. Pra mim ficou muito claro que o diretor queria "enfiar" a história do filho (filha?) do Luciano no filme, ainda que isso não se encaixasse bem com o conjunto. É o tipo de coisa que faz o espectador pensar "tá, e ai?".
Falo mal também da atuação do cara (Márcio Kieling?) que interpretou o Zezé/Mirosmar. Ele até ficou parecido com o original, mas o sotaque de carioca e a falta de naturalidade nos diálogos dele são de doer.
Por fim, pra quem não conhece e não tá nem ai pra história dos cantores (por exemplo, pros gringos) é uma brincadeira de mal gosto fazer surgir no filme um personagem central (Luciano/Welson) já nos 30 minutos do segundo tempo, que antes de fazer dupla com o irmão era só mais um dos irmãos anônimos de pé sujo.
Só pra citar umas coisas positivas no filme, achei os meninos bem talentosos e convincentes e foi legal ver que a dupla - Zezé di Camargo e Luciano - tem uma história bem brasileira de luta por ascenção social.
Mas coitado de quem pensar que esse filme tenha chance de aparecer na lista dos concorrentes ao Oscar.