Monday, October 16, 2006

As motivações do trabalho comunitário

Felicidade é o objetivo maior de qualquer pessoa. Trabalhar sozinho pela própria felicidade é um caminho, mas geralmente preferimos fazer isso em grupos.

Uma comunidade busca aumentar a felicidade de seus indivíduos por meio da satisfação coletiva, trabalhando coletivamente. Uma comunidade existe quando o sentimento de que a felicidade-mútua é consequência da ajuda-mútua for compartilhado pelos seus membros, e onde a pressão e a persuasão coercitiva não seja necessária ou desejável.

O que diferencia a comunidade baseada na reciprocidade antecipada comparada a uma sociedade normal convencional, hobbesiana, é que na anterior os membros trabalham pelo bem coletivo por vontade própria, ao perceberem que seu trabalho traz benefícios coletivos e, principalmente, para si mesmos. Nos outros casos, o "trabalho coletivo" vem da coerção - seja coletiva ou autoritária.

O que deve marcar o passo dessas contribuições é a vontade e a disponibilidade do colaborador - e não a persuasão coletiva, a busca por status, ou ainda por Egoboo (também chamados às vezes "karma"). As pessoas devem contribuir apenas com o que quiserem, se assim preferirem. Isso não é libertinagem. É liberdade, da boa e velha.

O combustível da nossa comunidade é implícito nos versos da free software song: "Join us now and share the software / You'll be free hackers" (Junte-se a nós e compartilhe o software / Vocês serão hackers livres). Juntem-se a nós e compartilhem. Esse é o mantra do auto-benefício-coletivizado.

Se alguém tentar lhe persuadir (contraste com 'estimular') a compartilhar mais, ou fazer o trabalho dele, ele é um carona (free-rider) ou um pretenso "líder governante".

Se algum bom membro da comunidade deseja contribuir só um pouco, excelente! É melhor termos mais um contribuidor tímido do que outro carona na comunidade. Por isso é tão importante o papel dos contribuidores tímidos. Não concordam?

Vejamos o exemplo do pai de todos. O projeto Debian tem um recurso muito importante chamado "pacotes órfãos", que reflete essa postura. Qualquer desenvolvedor, por qualquer motivo que lhe der na telha, pode a qualquer momento abandonar a manutenção de um pacote. A reação de todos a essa "libertinagem" costuma ser muito séria: 1) agradecer ao mantenedor pela contribuição dada 2) adotar o pacote, se for do interesse de alguém da comunidade.

Isso não implica ausência de controle de qualidade. A todos é dada a liberdade de escrever um código ou contribuir da forma e na quantidade que preferir, e cada um decide se deseja ou não ser responsável direto pela qualidade de uma distribuição importante como o Debian ou Ubuntu.

A palavra-chave aqui é responsabilidade. Se alguém buscou para si uma tarefa, mesmo que de forma voluntária, espera-se que ele faça seu trabalho bem. Se não conseguir fazer tudo sozinho, é esperado que a carga seja compartilhada. Caso não faça, e o trabalho fique ruim, a comunidade tem a liberdade de não mais utilizar seu produto, e se for o caso criar um fork.

Não adianta espernear e exigir ou brigar para que alguém contribua. O que devemos fazer na comunidade é facilitar a colaboração e convidar a todos a colaborarem. A satisfação coletiva será consequência da colaboração voluntária. Podem continuar esperneando, mas isso não vai adiantar muita coisa porque não é assim que as coisas funcionam.

E não nos preocupemos com os caronas. Seremos felizes, nós e eles. Acho que os contribuidores corriqueiros da comunidade FOSS se sentem felizes apenas em saber que ajudaram um usuário, e não esperaram contribuição de volta ou qualquer forma de compensação - caso contrário, estariam vendendo licenças de software, e não fazendo GPL. A GPL garante que o produto do nosso trabalho não será expropriado para benefício exclusivamente individual, e eles não precisam de outras garantias além dessa. Talvez nem dessa eu realmente precisem (veja as licenças BSD, MIT, etc), mas a maioria entende que assim as coisas funcionam melhor.

No futuro distante, com todo software de que precisamos já tendo sido escrito e compartilhado, nossa comunidade vai gozar do ócio criativo.

LPI faz lançamento mundial das provas do nível III no Brasil

Recebi há uns minutinhos no e-mail:
Provas serão aplicadas por Jon 'maddog' Hall e organizadas pela empresa 4Linux, afiliada do LPI e sucessora do LPI Brasil

O Linux Professional Institute - órgão responsável pela certificação em Linux que mais cresce no mundo – realizará no Brasil a primeira aplicação das provas 301 e 302. Elas correspondem ao nível 3 da certificação e qualificam o profissional aprovado como “Administrador Linux Avançado”. As provas ocorrerão na cidade de São Paulo no dia 2 de dezembro, às 10h00, e o número de inscrições será limitado e seletivo. As provas serão gratuitas.


Atualmente, o Programa de Certificação LPI, o LPIC, é composto por 2 níveis, com duas provas cada um. As provas do nível 1 (101 e 102) certificam o profissional como “Administrador Linux Básico” e as do nível 2 (201 e 202), como “Administrador Linux Intermediário”.\n
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\nAs provas do nível 3 serão realizadas como \'piloto\' e\nsó poderão fazê-las os candidatos que preencherem\nos pré-requisitos necessários. Os conhecimentos exigidos\npara a prova 301 são Samba, NFS e serviços de\nimpressão. Para a 302, o candidato precisa dominar LDAP e autenticação em rede.
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\n“Incluir o Brasil dentre os países\nque irão fazer a prova piloto do nível 3 e ainda com a\npresença de Jon \'maddog\' Hall vem premiar o bom trabalho que o\nLPI Brasil fez nos últimos anos e serve também para\nmostrar a todo o mundo como o Linux é forte aqui no Brasil”,\nexplica José Carlos Gouveia, Gerente para América Latina\ndo LPI.\n
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\nA 4Linux será responsável\npela escolha dos candidatos que farão os exames e, por\norientação do LPI Inc, serão escolhidos,\npreferencialmente, os profissionais já certificados LPI\nnível II que estejam trabalhando com Linux. Os escolhidos que\nainda não possuirem a certificação LPI somente\nreceberão a certificação nível 3\napós obterem a de nível 2. Os aprovados na prova piloto\nserão os primeiros profissionais em todo o mundo a receberem o\ncertificado nível III.\n
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\n“Fico muito feliz pelo lançamento das provas ser no Brasil e\ntambém por 3 brasileiros terem sido escolhidos pela equipe\nmundial do LPI – que está gerando as questões das provas\n– para fazerem parte deste time. Isso demonstra o alto nível dos\nprofissionais Linux aqui no Brasil”, comemora Rodolfo Gobbi,\nex-presidente do LPI Brasil e diretor geral da 4Linux,\nafiliada do LPI e sucessora do LPI Brasil, organizadora da prova.",1] ); //-->


As provas do nível 3 serão realizadas como 'piloto' e só poderão fazê-las os candidatos que preencherem os pré-requisitos necessários. Os conhecimentos exigidos para a prova 301 são Samba, NFS e serviços de impressão. Para a 302, o candidato precisa dominar LDAP e autenticação em rede.


“Incluir o Brasil dentre os países que irão fazer a prova piloto do nível 3 e ainda com a presença de Jon 'maddog' Hall vem premiar o bom trabalho que o LPI Brasil fez nos últimos anos e serve também para mostrar a todo o mundo como o Linux é forte aqui no Brasil”, explica José Carlos Gouveia, Gerente para América Latina do LPI.

A 4Linux será responsável pela escolha dos candidatos que farão os exames e, por orientação do LPI Inc, serão escolhidos, preferencialmente, os profissionais já certificados LPI nível II que estejam trabalhando com Linux. Os escolhidos que ainda não possuirem a certificação LPI somente receberão a certificação nível 3 após obterem a de nível 2. Os aprovados na prova piloto serão os primeiros profissionais em todo o mundo a receberem o certificado nível III.

“Fico muito feliz pelo lançamento das provas ser no Brasil e também por 3 brasileiros terem sido escolhidos pela equipe mundial do LPI – que está gerando as questões das provas – para fazerem parte deste time. Isso demonstra o alto nível dos profissionais Linux aqui no Brasil”, comemora Rodolfo Gobbi, ex-presidente do LPI Brasil e diretor geral da 4Linux, afiliada do LPI e sucessora do LPI Brasil, organizadora da prova.
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\nPor ser uma prova piloto, o tempo de execução de cada\nprova vai ser maior do que o normalmente utilizado, e\nserá de aproximadamente 3 horas, diferentemente das 1h30min das\nprovas regulares. O resultado sairá em fevereiro de 2007. “As\nprovas piloto são sempre utilizadas quando uma nova prova ou\nversão é lançada e servem para ajustar o tempo da\nprova, avaliar a clareza do enunciado e o grau de dificuldade, entre\noutras coisas”, explica Gobbi.
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\nPara participar, o interessado deve enviar um curriculum para lpi@4linux.com.br
comprovando suas atividades exercidas\nem Linux. A prova é gratuita e será na cidade de\nSão Paulo, em local ainda a ser definido. A lista dos escolhidos\npara fazer as provas será publicada no site www.lpibrasil.com.br até o dia 20 de novembro de\n2006.
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Por ser uma prova piloto, o tempo de execução de cada prova vai ser maior do que o normalmente utilizado, e será de aproximadamente 3 horas, diferentemente das 1h30min das provas regulares. O resultado sairá em fevereiro de 2007. “As provas piloto são sempre utilizadas quando uma nova prova ou versão é lançada e servem para ajustar o tempo da prova, avaliar a clareza do enunciado e o grau de dificuldade, entre outras coisas”, explica Gobbi.


Para participar, o interessado deve enviar um curriculum para lpi@4linux.com.br
comprovando suas atividades exercidas em Linux. A prova é gratuita e será na cidade de São Paulo, em local ainda a ser definido. A lista dos escolhidos para fazer as provas será publicada no site www.lpibrasil.com.br até o dia 20 de novembro de 2006.

OHOOOO!!!!

sifudi: LPI-201 na segunda-feira

Façam suas apostas. Tá pago e agendado, nessa segunda-feira, 13:00, vou fazer a LPI-201. E ai, vou passar?

Depois da 201, faço a 202 e, se der certo ainda nesse ano, faço a certificação de Ubuntu :-). Até o natal com certeza ainda termino CISSP, RHCE, CCNA e MCSE (essa última só pra irritar o coredump e o kov). Se der bobeira ainda faço uma de FreeDOS, quando eu achar. QUALÉ? Tá pensando o que??!?! TÁ DUVIDANDO?

UPDATE: passei :-)

Sunday, October 8, 2006

um fim-de-semana enfurnado e começa outra semana

Nesse fim de semana, incluindo a sexta feira, o que melhor aconteceu for ter ido agora há pouco no show do Chico César. Eu já tinha assistido a outros dois shows dele aqui em Brasília, que foram ótimos, mas talvez por terem sido grátis e em shopping-centers, a produção foi patética se comparada a este de hoje. Nesse o Chico César foi acompanhado pelo Quinteto da Paraíba, de cordas, e ficou muito bom.

Antes disso, além de ter conhecido o novo pet do César na sexta-feira - depois de participar de uma reunião de trabalho - , o mais legal foi constatar que estou me tornando no caminho de alcançar o status de programador Python iniciante.

É só comparar a feiúra desse código com nova versão aqui e aqui. O fato é que levou um ano de prática pra eu deixar de escrever código vergonhoso. Sim, vê-se até um eval inútil na versão anterior - graças às manias do meu Perl até hoje sofrível.

No mais, como talvez o meu recém criado del.icio.us mostre, foi um fim de semana dedicado à leitura de coisas de ITIL e NBR ISO/IEC 17799, por necessidades do trabalho. A 17799, aliás, é duca. Falando em bookmarks, veja aqui como funciona um HD. Legal, ehm?

Pra terminar de forma trágica o fim de semana, acabo de ver que as Ubuntu-BR wars continuam.

Sunday, October 1, 2006

3o Fórum Goiano de Software Livre - 27 e 28 de outubro



Estão todos se preparando para o 3o Fórum Goiano de Software Livre. Um evento especial dedicado ao Ubuntu acontecerá no Sábado, das 12 às 13h. A programação desse evento ainda não foi definida, mas provavelmente serão distribuídos CD's do Edgy Eft e vamos convidar a todos a participar da comunidade. Aos que me lêem, precisaremos de voluntários pra ajudar :-).

Se houver conexão à Internet, a intenção é inscrever os participantes nas listas de discussão e no Launchpad. Precisamos fortalecer a comunidade, trazer mais contribuidores para os projetos de documentação, controle de qualidade, tradução, suporte. O Ubuntu já é bastante popular, portanto acho importante trazermos para a comunidade todas essas pessoas com potencial para ajudar.

Há ainda muito o que fazer, e muita gente querendo ajudar. Só precisamos dar um empurrãozinho.