Tuesday, July 28, 2009

Churrasco com carvão tá fora de moda

O verão já começou faz tempo e o clima está pedindo um churrasco na laje. Então no sábado compramos uma churrasqueira. Êta minino feliz que eu fiquei. Tivemos que trazer o trambolhão à pé e de trem, foi dureza. Mas o sacrifício valeu a pena. Hoje fizemos o test drive e deu tudo certo.



Como eu morro de preguiça de mexer com carvão, acender fogo e abanar a brasa, o que é pré-requisito pra uma churrasqueira tradicional, compramos uma churrasqueira a gás :-). É só apertar um botão que o fogo tá aceso, sem fumaça, sem sujeira e sem abanação. Tudo muito civilizado. Preguiçoso Certifed!

A Carla ainda prefere o churrasco fumacento de carvão, e meus antepassados gaúchos devem estar rolando no túmulo em revolta com essa história de churrasqueira a gás. Mas a gente mora em apartamento e mesmo estando no andar mais de cima e no canto do prédio, não quero que os vizinhos nos odeiem, então carvão não rola.

Hoje na inauguração do equipamento culinárico fizemos lónguiça, mio verde e a Carla estreiou sua receita de hamburger caseiro. Ficou tudo uma delícia.


Tá notando a falta de alguma coisa? Sim, tá faltando carne de verdade. É que aqui a gente não se acha carne bovina com muita facilidade, não. Pra comprar carne a Carla precisar ir num açougue brasileiro. Lá tem tudo o que você pensar - incluindo arroz, feijão e picanha. Daqui uns dias vamos nos abastecer e fazer um churrasco legítimo. O de hoje foi só brincadeirinha.

Friday, July 3, 2009

Cavalleria Rusticana e Pagliacci na Opernhouse Zürich

Eu sempre me interessei por ópera, me empolgo muito com as músicas e com as interpretações, mas nunca tinha assistido uma. O pouco que sei sobre o assunto vem de leituras da Wikipedia e de vídeos do Youtube, como esse do Pavarotti interpretando Vesti La Giubba:



Portanto assistir a uma ópera sempre foi um dos meus maiores sonhos, e a ária que eu linkei acima sempre foi uma das que mais me impressionou.

Pois então, hoje eu fui à opera assistir Pagliacci e Cavelleria Rusticana na Opernhouse Zürich. Foi inacreditável. Não consigo lembrar há quanto tempo eu me emocionava tanto.

Eu até consegui entender parte das legendas em Alemão durante um tempo, até que meu vocabulário se esgotou e não consegui mais acompanhar. Ainda assim foi bem legal.

Pagliacci é a ópera daquela ária ali em cima. Cavalleria Rusticana é a dessa maravilha aqui:



Lindo demais né não? É claro que a ópera não é só isso. Na verdade é um evento bem longo, com 3 horas de duranção. E há óperas bem mais longas. Como estamos acostumados a séries de TV com 30 minutos ou 1 hora de duranção no máximo, as 3 horas da ópera são muita coisa. E compensa? Sim, sim, MUITO. As histórias são muito boas.

Naquela ária ali em cima, por exemplo, o personagem principal é um palhaço que precisa se arrumar e se preparar pra fazer as pessoas rirem no espetáculo, logo depois de ter flagrado sua esposa o traindo com outro. Dramáááático.

Tanto que eu me emocionei profundamente. No momento que a orquestra começou a tocar, no momento que as cortinas se abriram e em cada segundo que a Santuzza abria a boca pra cantar, eu desabava a chorar que nem um bebê. Sim, foi assim mesmo. Só faltei soluçar. Foi massa demais.

Quero assistir um monte de outras depois dessa.

Última coisa. Ainda que o tenor fosse muito bom, compará-lo com o Pavarotti cantando a mesma ária é scanagem. Pavarotti tem MUITO moral.