Caro Andé, tentei me registrar no seu site pra fazer um comentário, mas o e-mail com a senha de registro nunca chegou. Então estou respondendo via blog post.
Achei seu texto de muito mau gosto. Pôxa, um cético e blogueiro deveria se esforçar mais para ser bem informado e ter opiniões mais equilibradas.
O seu texto tenta falar sobre superação. É claro que devemos valorizar quando alguém consegue vencer as dificuldades e faz algo construtivo para sua comunidade.
Mas ao invés de dizer isso, você ficou ridicularizando as origens do rapaz e deu a entender que não se espera que alguém de certo país pobre seja capaz de fazer algo tão inteligente. Isso não faz sentido. Pela mesma razão, as pessoas até hoje acreditam que foram alienígenas quem desenharam as figuras de Nazca - afinal, não é possível que o povo Nazca tenha tido capacidade de fazer algo tão bonito e complexo, dizem.
Você não percebe o quão anacrônico e preconceituoso aquele trecho do seu texto pareceu?
Citando:
O que você escreveu é horripitantemente bizonho e desrespeitoso com o Malaui, com os países daquela região e às pessoas que moram lá. Mesmo que sua intenção tenha sido apenas ilustrar e exagerar a descrição do seu gênio-herói, não justifica que você fique sacaneando o país dele desse jeito. Não teve a menor graça. Há pessoas vivendo no Malaui, na Zâmbia e em Moçambique e você certamente não parou pra pensar em como eles ficariam ofendidos ao ler esse texto.
Esta é a história do garoto que domou o vento.O meio do nada! É isso que se pode resumir do ridículo país de Malawi, bem na África Oriental, limitado ao norte e ao leste pela Tanzânia e ao oeste pela Zâmbia (dois outros buracos onde o Judas não perdeu as botas, pois ele já as tinha perdido pra assaltantes lá pelas bandas de Moçambique). Malawi é o entroncamento do nada com coisa alguma, uma terra que qualquer deus pagaria pra esquecer, só para não ter que aceitar que fez merda.Naquela pocilga de lugar não dava nem pra ligar um rádio, pois não tinha eletricidade. Água? Só se fosse através de bombas manuais já que, sem eletricidade, não havia como ligar bombas elétricas. Esgoto? Você deve estar de brincadeira! Nem mesmo um celular podia-se usar direito, pois não havia como recarregar as baterias, só andando muitos quilômetros até se encontrar algo parecido com um vilarejo com eletricidade (chamar isso de “civilização” não é ser otimista, é ser idiota)
Justifica falar que o país do rapaz é uma pocilga? Conheço alguns africanos e na medida do possível eles gostam do seu país e lutam pelo desenvolvimento local. Tomara que eles não leiam o seu post, ou que pelo menos não pensem que todos brasileiros sejam tão insensíveis.
Além do mais, sendo brasileiros, será mesmo que temos moral pra dizer que o país deles é "ridículo"?
O resto do texto foi OK. Mas os primeiros parágrafos realmente me revoltaram.
Até,
Yves
UPDATE: Não sei pra que me dei o trabalho de escrever essa merda. Olha a resposta do André (destaque meu):
Se vc não se deu ao trabalho de escrever uma resposta por email, é porque o que vc tem a dizer é totalmente dispensável. Não estou nem aí pro seu site.
Beijo na irmã.
André